@MASTERSTHESIS{ 2020:1744475191, title = {O conhecimento tradicional no processo de conservação da biodiversidade: um olhar sobre as contribuições dos Agentes Comunitários de Saúde}, year = {2020}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8093", abstract = "As plantas medicinais desempenham papel proeminente na manutenção da saúde dos povos. A atenção primária à saúde é preconizada como principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde (MS) propôs o Programa de Saúde da Família (PSF) como estratégia de reestruturação da atenção à saúde. Essas propostas introduzem no cenário da saúde um novo ator, o Agente Comunitário de Saúde (ACS), desempenhando papel na atenção básica, ao agir como um elo entre a comunidade e o serviço de saúde, sendo também facilitadores no processo de educação em saúde referente às plantas medicinais. Neste sentido o objetivo do presente estudo é revelar qual o conhecimento e percepção dos ACS’s acerca do uso de planas medicinas com levantamento etnobotânico em suas respectivas comunidades de atuação no Município de Humaitá/AM. A metodologia utilizada é baseada na pesquisa quali-quantitativa. As técnicas abrangem entrevistas semiestruturadas e turnês guiadas em comunidades, foi caracterizado o perfil socioeconômico de 49 ACS’s do perímetro rural do total de 56, e de 16 comunitários moradores às margens do Rio Madeira e Lago do Uruapiara indicados pelos ACS’s como referências em medicina tradicional. A maioria dos ACS’s pertence ao gênero feminino (63%), na faixa etária entre 30 e 39 anos de idade (36%) e ensino médio completo (77%). As comunitárias eram todas do gênero femininos sendo 50% com idade entre 60 e 80 anos, e o índice de analfabetismo em 56%. Foram citadas 174 espécies com fins terapêuticos pertencentes a 54 famílias com destaque para Lamiaceae, Asteraceae e Euphorbiaceae. Entre as espécies levantadas, Himatanthus sucuuba (sucuba), Copaifera langsdorffii (copaíba), Kalanchoe pinnata (escama de piraruco/corama) e Petiveria alliacea L. (mucura-caá) se destacaram como as mais versáteis. As indicações terapêuticas citadas foram agrupadas em 18 categorias de sistemas corporais, dos quais as doenças do aparelho respiratório, as doenças da pele e do tecido subcutâneo e as doenças do aparelho digestivo mostraram maior concordância entre os ACS’s e comunitárias na utilização de espécies para tratar um sistema corporal específico. Nenhuma comunitária segue critérios para recomendar o uso de plantas para fins medicinais, assim como 60% dos ACS’s também não. Os resultados mostraram elevada riqueza de conhecimento da flora medicinal local, delineando o papel do ACS como facilitador da integração entre o uso seguro do conhecimento popular em conciliação ao embasamento científico, contribuindo com a sustentabilidade e na valorização da biodiversidade local.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais}, note = {Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - Humaitá} }