@MASTERSTHESIS{ 2021:1043768079, title = {Dinâmicas e ideologias linguísticas em contextos escolares׃ uma etnografia do Ensino Secundário Geral em duas escolas selecionadas na cidade de Maputo, Moçambique}, year = {2021}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8475", abstract = "Com o objetivo central de compreender as dinâmicas e ideologias linguísticas em universos escolares, esta é uma pesquisa etnográfica, feita em duas escolas selecionadas na cidade de Maputo, Moçambique, entre alunos do Ensino Secundário Geral (que equivale ao ensino médio para o caso brasileiro), com idades compreendidas entre 16-17 anos de idade, que falam em média duas línguas; entre professores do ensino médio e ensino superior com idades compreendidas entre 37-52 anos de idade, os quais falam em média três línguas; entre agentes governamentais, Ministério da Educação e Desenvolvo Humano (MINEDH) dentre os quais uns são simultaneamente professores e outros são apenas trabalhadores, esses falam em média três línguas, de idades compreendidas entre 37-52 anos de idade; para além de entidades que financiam o setor de educação em Moçambique como UNICEF e a UNESCO. Para entender a forma como os sujeitos sociais vivenciam as suas experiências linguísticas no cotidiano, mas também compreender de que forma nesses espaços significam as suas línguas. Assim, os resultados do estudo apontam para agentes sociais que apesar de, se encontrarem inseridos em contextos sociais onde são obrigados a usarem uma língua oficial em detrimento das nacionais, e lhes é exigido um perfil que não vai de encontro com aquilo que são seus modus operandi linguístico. Estes encontram estratégias de resistirem dessa imposição. As referidas estratégias consistem em combinação, misturas e ou empréstimos de línguas nacionais na sala de aulas, durante a aula, durante a resolução de exercícios, na explicação de matérias, no seguimento de alguns processos burocráticos. As elites, cientes do multilinguismo que caracteriza Moçambique (escola e locais burocráticos em particular) ignoram esse fato, tentando silenciar os sujeitos e suas línguas. Ressalta-se que algumas vezes esse silenciamento é naturalizado pelos próprios agentes sociais ao defenderem que as suas línguas não têm valor, são inferiores ou menos bonitas, não darão acesso a emprego formal, a privilégios socioeconômicos, todavia a práxis dos sujeitos é contrária a esse discurso.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Antropologia Social}, note = {Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais} }