@PHDTHESIS{ 2021:1944956606, title = {Estudo pré-clínico com complexos e nanopartículas metálicas para o tratamento da leishmaniose cutânea}, year = {2021}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8517", abstract = "A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, que apresenta diferentes manifestações clínicas, sendo esta causada por protozoários do gênero Leishmania. Atualmente, o antimoniato de meglumina é o tratamento de primeira escolha no Brasil e o isetionato de pentamidina, anfotericina B e anfotericina B lipossomal são os medicamentos de segunda escolha. Devido à eficácia limitada e alta toxicidade desses fármacos há a necessidade de estudos para o desenvolvimento de medicamentos que possuam maior eficácia e menor toxicidade. Neste sentido, a química inorgânica medicinal vem despertando o interesse da comunidade científica, dado os seus estudos com íons metálicos que tem apresentado atividades terapêuticas promissoras. O presente estudo teve como objetivo avaliar in vitro e in vivo a atividade antileishmania de complexos e nanopartículas metálicas. Deste modo, foram realizadas avaliações in vitro da atividade antileishmania em formas promastigotas e amastigotas, bem como a avaliação da citotoxicidade em macrófagos peritoneais murinos e monócitos humanos. As substâncias que se apresentaram promissoras nos ensaios in vitro foram selecionadas para os ensaios in vivo, tendo sido avaliada a atividade antileishmania do complexo de cobre(I) e das nanopartículas de tântalo (NPsTa) em hamsters e camundongos infectados com Leishmania spp., respectivamente. Os resultados obtidos demonstraram que nos ensaios de citotoxicidade in vitro o complexo cobre(I) e os complexos de paládio(II) apresentaram citotoxicidade moderada com viabilidade celular média de 80% e 60%, respectivamente; enquanto que as nanopartículas de tântalo (NPsTa) e nanopartículas de bismuto (NPsBi) não apresentaram citotoxicidade, com viabilidade celular de 94% e 90%, respectivamente. O complexo de cobre(I) apresentou melhor eficácia em promastigotas (CI50 0,071 mM) e amastigotas [redução de 75% da taxa de infecção (TI)] de L. (V.) braziliensis. Os complexos de paládio(II) foram eficazes em inibir promastigotas (CI50 < 0,00037 mM) e em formas amastigotas apresentaram redução de 20% da TI de L. (L.) amazonensis e L. (V.) guyanensis. As NPsTa induziram a inibição parasitária das formas promastigota (CI50 3 μM) e amastigotas (redução 50% da TI) de L. (V.) braziliensis. As NPsBi apresentaram melhor eficácia na inibição de promastigotas (CI50 0,05 μM) e amastigotas (redução de 70% da taxa de infecção) de L. (L.) amazonensis. Os ensaios in vivo foram realizados com o complexo de cobre(I) e NPsTa e os dados gerais dos ensaios biológicos in vivo demonstraram que o tratamento tópico com pomada contendo o complexo de cobre(I) mostraram baixa eficácia na redução no volume do focinho de hamsters (redução < 18%) e o tratamento intralesional com as NPsTa induziram um aumento significativo (aumento de 28%) no volume da pata dos camundongos, com uma ação inflamatória exacerbada no local da aplicação das NPsTa. Diante dos resultados obtidos, ficou evidente que as substâncias inorgânicas testadas apresentaram atividade promissora in vitro, especialmente em formas promastigotas e com citotoxicidade moderada ou mínima para macrófagos peritoneais murinos e monócitos humanos. Nos ensaios in vivo o complexo de cobre(I) e as NPsTa não induziram cura clínica e parasitológica nas concentrações, tempo e formulações testadas.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Inovação Farmacêutica}, note = {Faculdade de Ciências Farmacêuticas} }