@PHDTHESIS{ 2022:938260852, title = {Avaliação de enzimas de fungos da Amazônia visando a melhora do processamento das fibras da malva (Urena lobata L., 1753)}, year = {2022}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9077", abstract = "O cultivo de malva (Urena lobata) para a produção de fibras é cultural no Estado do Amazonas desde 1970 com a imigração japonesa e essas fibras tiveram seus altos e baixos na economia local ao longo do tempo. Atualmente são cultivadas por ribeirinhos sendo uma das principais culturas do Estado do Amazonas. Os malvicultores encontram várias adversidades no processo de obtenção da fibra, tais como onicomicoses, dermatoses, além do risco de ataques de animais peçonhentos. A região Amazônica é potencialmente rica em microrganismos e dentre estes estão os fungos endofiticos, fungos associados a ambientes aquáticos e ao solo. No capítulo I, apresenta-se os microrganismos isolados e preservados dos tecidos da malva in natura e macerada, além dos ambientes associados ao seu plantio, obtendo-se 191 fungos preservados de um total de 344 microrganismos isolados. Os fungos foram agrupados e 10% do total de cada grupo foi sequenciado obtendo-se 24 espécies diferentes com potenciais biotecnológicos relatados na literatura científica. No capítulo II as linhagens Fusarium pseudocircinatum (1290) e Corynespora torulosa (1291) foram avaliadas quanto ao seu potencial de produção de lignocelulases usando como substrato a malva seca e triturada nas soluções de sais minerais Manachini e GLBN 40 ao longo de 10 dias sob agitação em cultivo submerso. Os extratos enzimáticos foram filtrados em sistema de filtração a vácuo (Millipore 0,22 µm) e quantificadas as atividades de lignocelulases. C. torulosa foi o melhor produtor de lacase (8.691 U/L), MnP (5.353 U/L), β-glicosidase (0,3285 U/mL) e CMCase (0,7038 U/mL) e o F. pseudocircinatum foi o melhor produtor de FPase (1,29 U/mL), xilanase (12,05 U/mL) e pectinase (0,18 U/mL). Nenhuma das linhagens apresentou atividade de Lignina Peroxidase. No capítulo III as linhagens F. pseudocircinatum, Trichoderma longibrachiatum e Talaromyces pratensis foram avaliadas quanto à produção de pectinase variando a temperatura (28, 30 e 32° C), pH (4, 5 e 6) e tempo de cultivo (3, 4 e 5 dias) utilizando malva seca (5%) como substrato em cultivo submerso. O F. pseudocircinatum apresentou o maior pico de produção de pectinase (0,2261 U/mL) nas condições de ensaio 28° C, pH 6, no 4° dia de cultivo. Nestas condições, 23 fungos foram testados quanto à produção de pectinase e as três melhores linhagens [F. pseudocircinatum (1290) 0,2261 U/mL, Westerdykella dispersa, (1321) 0,2113 U/mL e Diaporthe eucalyptorum, (1300) 0,1981 U/mL] foram submetidos à quantificação de xilanase [1290 (4,6113 U/mL), 1321 (2,7388 U/mL) e 1300 não apresentou atividade] e CMCase [1300 (0,1003 U/mL), 1321 (0,0887 U/mL) e 1290 não apresentou atividade]. As linhagens 1290 e 1321 foram selecionadas para a produção em escala maior e para o ensaio de desfibramento onde talos de malva (10 cm) foram submersos em solução enzimática nas concentrações 50, 100 e 200 mg/mL, temperatura de 40 e 50° C e analisados com 3, 5 e 7 dias. Ambos os extratos enzimáticos promoveram o amolecimento da fibra e desfibramento. O extrato da linhagem de F. pseudocircinatum (1290), temperatura de 40° C, 200 mg/mL e 7 dias de incubação foi mais eficiente no desfibramento de malva possibilitando a redução do tempo de maceração desta. O potencial de enzimas fúngicas para o processamento da malva em busca de uma alternativa que proporcione a redução do tempo de desfibramento e aprimore a qualidade das fibras foi comprovado com está pesquisa.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - BIONORTE}, note = {Rede Bionorte} }