@PHDTHESIS{ 2022:1809477427, title = {Dieta dos Quelônios (Testudines, Podocnemididae: Podocnemis Spp.), no Rio Andirá, Barreirinha, Amazonas, Brasil}, year = {2022}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9556", abstract = "O estudo da alimentação natural dos quelônios pode nos revelar potenciais itens para serem incrementados em rações regionais ou para serem fornecidos frescos a esses animais, se mostrando importantes também na proteção e recuperação de habitats (florestas ripárias). Mas, ainda existem poucos estudos dos itens alimentares que fazem parte da dieta dos Podocnemis. Portanto, no período de 2019 a 2021 estudamos à dieta dos Podocnemidídeos no rio Andirá, Barreirinha, Amazonas, tanto pelos saberes tradicionais dos ribeirinhos, nas comunidades Granja Ceres e Distrito do Piraí, através de métodos de bola de neve (Snowball Sampling), lista livre (free list) e rede social, quanto pelo conhecimento dos itens alimentares ingeridos através do conteúdo estomacal, dos indivíduos capturados em cinco excursões, em períodos hidrológicos distintos. Desses, foram feitas análises físico-químicas das espécies vegetais (frutos e sementes), verificando à disponibilidade de alimentos pelas florestas alagadas e igapós. Além disso, estudamos a alimentação de filhotes de tracajás (P. unifilis) e tartarugas (P. expansa) na natureza e em sistemas de criação comunitária. Resultando na indicação de 83 etnoespécies vegetais, destas 59 foram catalogadas (55 gêneros e 29 famílias botânicas) resultado do conhecimento dos ribeirinhos. O capitarí (Handroanthus barbatus) foi a mais conhecida. Com destaque para as famílias Fabaceae, Myrtaceae e Arecaceae por contemplarem mais espécies. Dentre as plantas catalogadas, as que já haviam sido previamente descritas para as espécies de Podocnemis na literatura pertenciam a 22 famílias (76%), 26 gêneros (47%) e 30 espécies (51%). Com base na caracterização físico-química, e na disponibilidade nas florestas ripárias, seis espécies revelaram níveis protéicos superiores e se mostraram importantes para serem usadas em rações regionais, são elas, em ordem decrescente: Handroanthus barbatus, Astrocaryum gynacanthum, Pouteria campanulata, Physalis angulata, Crateva benthamii e Dalbergia inundata. Os filhotes de P. unifilis e P. expansa submetidos a dois tratamentos: um com 100% de ração comercial e outro com 50% de ração comercial e 50% de frutos silvestres, não apresentaram diferença no ganho de peso, o que torna eficiente a estratégia de substituir 50% da ração convencional por frutos locais. Nas análises estomacais, os itens alimentares mais importantes na dieta de P. unifilis foram: frutos (33,75%) e sementes (23,97%) (enchente, vazante e seca). Para P. sextuberculata: sementes (44,82%) e frutos (36,61%) (vazante) e sementes (44,52%) e raízes (16,36%) (seca). Para P. erythrocephala: semente (22,47%) e frutos (19,60%) (vazante). As espécies P. erythrocephala e P. sextuberculata apresentaram diferença na dieta entre machos e fêmeas, a espécie P. unifilis não apresentou diferença entre os sexos. Para P. unifilis, houve diferença na dieta na comparação dos períodos hidrológicos (enchente x vazante) e (enchente x seca), mas nos períodos sazonais vazante x seca não houve diferença. Para a espécie P. sextuberculata na comparação das estações vazante x seca não houve diferença da dieta. As três espécies se mostraram generalistas, onívoras com predominância de material vegetal em suas dietas, com base nos itens encontrados nos conteúdos estomacais.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - BIONORTE}, note = {Faculdade de Ciências Agrárias} }