@MASTERSTHESIS{ 2023:394026248, title = {Escola indígena e ensino da língua : uma análise das práticas de bilinguismo do povo Fulni-ô}, year = {2023}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9685", abstract = "Da visão catequista e cristianizadora, com as missões religiosas, integracionista e assmilacionista, com as políticas do Estado e órgãos como Serviço de Proteção ao Índio e Fundação Nacional do índio à visão de uma Educação Escola Indígena Intercultural, diferenciada e específica. Essa é a visão que temos da Escola Indígena Marechal Rondon, nosso campo de pesquisa, que desde a sua instauração foi vista pela comunidade como um forte instrumento de resistência e aliada do povo. Partindo desse pressuposto, nos propomos realizar na referida escola a seguinte pesquisa “Escola indígena e ensino da língua: uma análise das práticas de bilinguismo do povo Fulni-ô. Assim, apresentamos como objetivo do estudo analisar as práticas de bilinguismo do povo Fulni-ô e suas relações com o ensino da língua na escola indígena. O nosso aporte teórico para discorrer a respeito da etnografia do povo Fulni-ô está embasado nos estudos deSecundino (2000);Quirino (2006); Barbalho (2013); Hernádez-Díaz (2013) Melo (1929); Pinto (1956).Para discussão a respeito da Educação Escolar Indígena, Políticas Linguísticas, bilinguismo e ensino de línguas em escolas indígenas nos aportamos nas pesquisas deAlmeida (2001); Grupioni (2001)Maher (2005); Amaral (2005); Barbalho (2012); Cunha Júnior (2016); Kanapp (2016); Bonfim (2017); Durazzo (2018, 2019); Grosjean (2018) e Cunha (1990). Para a construção deste trabalho, realizamos uma pesquisa etnográfica baseada nos pressupostos de Malinowski (1978); descritiva, segundo Gil (1999); qualitativa, conforme a concepção de Trivinõs (1987) e Minayo (2010). Para a coleta dos dados, optamos por fazer uso de entrevistas, questionário, pesquisa documental, bibliográfica e roda de conversas. Tivemos como colaboradores professores de língua materna Yaathe e língua portuguesa, o coordenador das escolas Fulni-ô, pais/mães e um dos representantes da liderança do povo, o Pajé, totalizando 09 colaboradores. Assim, com esse estudo, a partir da geração, coleta e análises dos dados, podemos inferir que a Escola Estadual Indígena Marechal Rondon está permeada em um espaço de fronteira, promovendo o acesso aos conhecimentos da sociedade não indígena, mas não se afastando das práticas sociais, culturais e linguísticas do povo. Além do mais, a escola desenvolve uma proposta de educação escolar intercultural, que se diferencia das demais escolas não indígenas e, ao mesmo tempo se torna específica do fazer do povo Fulni-ô. Com relação ao ensino de língua, percebemos fortemente a presença da língua materna do povo, o Yaathe, dentro do espaço escolar e, além do mais, o povo desenvolve diversas estratégias e práticas sociais e linguísticas entre a escola e a comunidade. Assim, ensinar na escola a língua materna se torna um forte instrumento na afirmação da identidade étnica e fortalecimento cultural. Um aspecto que apontamos como importante para a manutenção e transmissão da língua é a sistematização da língua Yaathe. Dessa forma, percebemos a necessidade da padronização da escrita para que possam ser desenvolvidas melhores práticas de ensino na escola. Apresentamos aspectos referentes ao estado de Pernambuco, que apesar de muito já ter-se avançado por insistência dos povos indígenas, e a inoperância deste na promoção de políticas linguísticas para o fortalecimento e vitalização das línguas dos povos originários. Dessa forma, o ensino bilíngue promovido nas escolas do povo Fulni-ô é muito importante para a manutenção do bilinguismo da etnia indígena Fulni-ô", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }