@MASTERSTHESIS{ 2025:1120485727, title = {Devir-mulher-indígena: trajetória de empoderamento e reconhecimento das mulheres indígenas na ciência}, year = {2025}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10945", abstract = "A dissertação cartografa a história de vida de Alva Rosa Tukano como uma inspiração-devir, traçando linhas de fuga que convocam meninas e mulheres a habitarem os estratos do campo STEM de modo insurgente. Nomeamos essa força feminina como um devir-mulher-indígena, uma emergência que se inscreve na resistência a uma maquinaria de poder majoritário, operando como contrafluxo às capturas hegemônicas. A inspiração em sua trajetória se dá como um agenciamento intensivo, um rizoma que ressoa nos múltiplos encontros da pesquisadora-cartógrafa, produzindo intercessões vivas entre gênero, raça e etnia. O conceito de devir-mulher, fundamentado na filosofia da diferença de Deleuze e Guattari, permite pensar a construção de um ‘devir-mulher-indígena’ não como uma identidade fixa ou um percurso teleológico, mas como um movimento de desterritorialização e abertura ao novo. A pesquisa assume a cartografia como processualidade, delineando uma história de vida de natureza qualitativa, não apenas para representar uma realidade preexistente, mas para produzir diferença a partir do encontro com a participante. O desejo de ouvir e dar voz às mulheres historicamente silenciadas emerge como um movimento de resistência à captura do pensamento pela lógica hegemônica. A produção de subjetividades se faz na dobra do relato da experiência de vida da protagonista indígena, compondo um campo de forças em que pesquisadora e protagonista se afetam mutuamente, numa conexão intersubjetiva que possibilita a abertura de espaços de troca, escuta e construção conjunta de saberes. A construção do diálogo se efetivou por meio de entrevistas semiestruturadas, entendidas como um dispositivo de devir, um campo de encontros e agenciamentos. Esses encontros foram mobilizados por momentos de conversa livre e informal, atravessados pela análise documental. Para movimentar a história de vida de Alva Rosa Tukano, delineamos algumas linhas disparadoras: O contexto histórico da criança indígena em devir; Questões de gênero na cultura tukano; A relação entre educação básica e matemática; O conhecimento indígena da cultura tukano; A educação indígena e a pedagogia tukano; Linhas conectadas: devir-docente, devir-líder, devir-pesquisadora; Preconceito estrutural e forças externas; Devir-mulher-indígena; O empoderamento da mulher indígena. A pesquisa se coloca, assim, como uma afirmação da mulher indígena do campo científico, comprometida com a problematização do apagamento das mulheres na história da matemática, narrada sob a óptica hegemônica. Nas entrelinhas desse contexto histórico, marcado por repressão, silenciamento e resistência, nos encontramos em devir, traçando novas cartografias e experimentações possíveis.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática}, note = {Instituto de Ciências Exatas} }