@MASTERSTHESIS{ 2025:1796826359, title = {Geração de energia a partir dos resíduos da mandioca (Manihot esculenta Crantz) e de pescado no estado do Amazonas}, year = {2025}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10954", abstract = "O planeta passa atualmente por um processo de transição, principalmente no que diz respeito à produção de energia. No século 21, o que se observa é uma premente necessidade de mudanças baseadas na busca de fontes energéticas alternativas em face da crise ambiental, a qual coloca em evidência a necessidade de se buscar a sustentabilidade das atividades humanas. No setor energético, observa-se um aumento das importações de gás natural (GNL) enquanto que, na outra ponta, há uma significativa redução do fornecimento de petróleo nos mercados mundiais, situações que marcam a atual crise energética. Além disso, destaca-se a crise geopolítica na Ucrânia, bem como um aumento da demanda por energia elétrica dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Nesse cenário, o biogás surge como uma alternativa de geração de energia limpa para que os países possam se desenvolver e produzir (SI et al., 2022). Historicamente, esta mudança na matriz energética global, através de fontes alternativas, traduz uma revisão de conceitos e ideias acerca das relações entre o homem e o meio ambiente que se firmou especialmente no início dos anos 70 do século XX. O progresso científico e tecnológico, inicialmente visto como solução para a pobreza e melhoria da qualidade de vida, revelou-se insuficiente, dando origem a novos desafios. Neste cenário, diversas conferências internacionais resultaram em alertas e compromissos para reduzir emissões poluentes e outras formas de degradação ambiental, como o 2º Relatório do Clube de Roma, de 1974 e o Relatório Brundtland, de 1987, que destacou a necessidade de mudança nos padrões de produção e consumo em prol do desenvolvimento sustentável. Neste contexto, o biogás ganhou destaque como alternativa para a geração de energia renovável e limpa no Brasil, uma fonte energética que já estava na pauta dos incentivos governamentais para uso de energia de fontes renováveis desde o início dos anos 80, quando o Governo Federal lançou o Programa de Mobilização Energética (PME) por intermédio do Decreto n° 87.079/82 (MILANEZ; MAIA; GUIMARÃES, 2021). A produção de biogás ocorre a partir da digestão anaeróbia relacionada à ação de organismos microbianos, como as bactérias, transformando a matéria orgânica complexa em compostos simples, como o metano e o dióxido de carbono. Concomitantemente, há a liberação de amônia, de fosfatos e de sulfeto de hidrogênio (MILANEZ; MAIA; GUIMARÃES, 2021). De forma simples, a digestão anaeróbia ocorre em quatro etapas: hidrólise, acidogênese, acetogênese e a metanogênese. As características do biogás dependem das condições adequadas de temperatura, pressão, do teor de metano obtido e da proporção de outros gases ou ácidos presentes no substrato final do processo. Neste processo de biodigestão anaeróbia por sistemas microbianos podem envolver a utilização de resíduos da agroindústria, como a mandioca, bem como aqueles gerados no setor pesqueiro, facilitando o tratamento destes resíduos orgânicos e gerando biogás. O gás metano gerado na digestão anaeróbia pode ser usado na geração de energia em várias escalas, desde as pequenas famílias rurais até as usinas de biogás, constituindo uma fonte energética limpa e renovável que se adequa ao propósito da sustentabilidade, constituindo nesse sentido uma alternativa para a constituição de uma matriz energética brasileira de menor impacto ambiental. Face ao exposto, a presente dissertação tem como objetivo realizar um estudo da viabilidade econômica da produção de biogás, a partir dos resíduos da mandioca (Manihot Esculenta Crantz) e de resíduos de pescado no Estado do Amazonas.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia}, note = {Centro de Ciências do Ambiente} }