@MASTERSTHESIS{ 2022:470784707, title = {O discurso presente nos enunciados das redes sociais sobre a desconstrução do sujeito: interações dialógicas}, year = {2022}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/11164", abstract = "A palavra “desconstrução” se consolida cada vez mais como parte do vocabulário de movimentos sociais no Brasil, e tem sido veiculada em enunciados vários que circulam como a demanda de uma postura a ser tomada frente aos problemas de ordem social e histórica. Diz-se, pois, que é preciso que o sujeito se desconstrua de noções opressoras estruturadas historicamente na sociedade, colocando-se como centro de análise, vigiando ações e falas que possam vincular imagens racistas, machistas e LGBTQfóbicas. Para além do sentido filosófico, a desconstrução parece estar sendo tomada num sentido mais prático, ganhando maior espaço e, por isso, gerando sentidos, interpretações e consequências diversas. Na presente pesquisa, fazemos uso da Análise Dialógica do Discurso, baseada nos postulados teórico-metodológicos bakhtinianos para analisar esses enunciados presentes nas redes sociais, de modo a evidenciar e compreender como ela vem ganhando sentido, dialogando com as estruturas sociais e como os sujeitos têm respondido a essa demanda a partir da noção de compreensão responsiva. Para isso, delimitamos às postagens realizadas de 2020 e 2021 e utilizamos a lógica do próprio algoritmo que seleciona quais conteúdos aparecerão nas minhas redes sociais conforme meu perfil. Dessa forma, acentuamos como esse contexto tecnológico participa na formação de discursos. Os materiais analisados são memes e tweets, os quais são analisados dentro de suas individualidades, uma vez que para a teoria Bakhtiniana os gêneros discursivos possuem um importante papel para a compreensão da formação dos discursos. Recorremos ainda às leituras filosóficas da noção de desconstrução, assim como às teorias feminista, negra e LGBTQ+, para contextualizar as demandas dos movimentos sociais. Com isso, verificamos que a desconstrução enquanto um processo de descentralização do sujeito de si mesmo, para perceber questões que não lhe constituem e não lhe colocam em uma posição de desvantagem dentro deste sistema social e econômico, é uma das desconstruções que vemos emergir nos enunciados das redes sociais e que para haja legitimidade no processo, ela precisa não pode se dar como um processo que chega a um fim, dessa forma encontramos uma relação com o movimento filosófico que postula a desconstrução. As tensões que surgem do debate envolvem os problemas históricos de exclusão na construção da esquerda, e um receio de aliar determinadas pautas a uma política neoliberal, porém muitas vezes sem entender que agora participam outras forças na formação dos discursos, os quais se constituem das forças políticas que formam o campo virtual e determina os espaços de socialização segundo sua lógica econômica.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }