@MASTERSTHESIS{ 2025:384097663, title = {Associação da autopercepção sobre qualidade de vida, saúde bucal e acesso a serviços odontológicos entre mulheres de uma comunidade ribeirinha de Manaus: estudo transversal}, year = {2025}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10977", abstract = "A saúde bucal é um componente essencial da qualidade de vida, influenciado por fatores biológicos, sociais e econômicos. Em comunidades ribeirinhas da Amazônia, mulheres enfrentam desafios únicos para acessar serviços odontológicos devido a barreiras geográficas, infraestrutura precária e desigualdades socioeconômicas. A autopercepção em saúde bucal, impactada por condições como cárie e doença periodontal, reflete na busca por atendimento e na adesão a práticas preventivas. Além disso, mudanças hormonais ao longo da vida feminina aumentam a vulnerabilidade a problemas bucais, tornando essencial a atenção especializada. OBJETIVO: Investigar se há associação entre qualidade de vida, autopercepção em saúde bucal e acesso aos serviços de saúde entre mulheres ribeirinhas de uma comunidade de Manaus. MÉTODO: estudo observacional, transversal, desenvolvido na comunidade Nossa Senhora de Fátima, zona ribeirinha rural de Manaus, estado do Amazonas, Brasil. Foram incluídas mulheres ribeirinhas com 18 anos ou mais, moradoras da comunidade rural. Foram utilizadas variáveis sociodemográficas, de autopercepção de saúde bucal e de qualidade de vida. Os dados foram coletados em domicílio com aplicação de entrevista individual e dos instrumentos: Formulário de avaliação socioeconômica, acesso aos serviços odontológicos e autopercepção da saúde bucal e, WHOQOL BREF. Os dados foram analisados estatisticamente para identificar associações entre os indicadores estudados. RESULTADOS: A maioria das participantes buscou atendimento odontológico em serviços públicos, sendo a dor o principal motivo para a consulta (39,6%). Cerca de 40% das mulheres classificaram sua aparência bucal como "ruim", e 80,2% relataram necessidade de tratamento odontológico. Fatores socioeconômicos, como escolaridade limitada, impactaram negativamente a percepção de saúde bucal e a qualidade de vida. CONCLUSÃO: O estudo revelou que a qualidade de vida das mulheres ribeirinhas da comunidade Nossa Senhora de Fátima está diretamente relacionada à sua autopercepção em saúde bucal e ao acesso limitado aos serviços odontológicos, influenciado por barreiras socioeconômicas e geográficas. A maioria das participantes já consultou um dentista, predominantemente na rede pública, mas cerca de 80% ainda necessitam de tratamento odontológico, refletindo uma demanda reprimida. A percepção negativa da saúde bucal, com impactos na mastigação, na fala e nos relacionamentos interpessoais, associada à alta prevalência de dor, afeta significativamente os domínios físico e psicológico da qualidade de vida. A predominância de um modelo assistencial curativo e a escassez de ações preventivas reforçam a necessidade de políticas públicas que ampliem a atenção primária, qualifiquem profissionais para atuar em áreas remotas e fortaleçam ações educativas, visando mitigar as desigualdades e melhorar a saúde bucal dessa população. Palavras-chave: Saúde pública, Atenção primária, Equidade em saúde, Odontologia", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde}, note = {Faculdade de Medicina} }