@MASTERSTHESIS{ 2025:1467884287, title = {Peixes do rio Manicoré: uma abordagem taxonômica, molecular e ecológica sobre a ictiofauna dos igarapés}, year = {2025}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/11072", abstract = "A Amazônia abriga uma das maiores diversidades ícticas do planeta, com muitas espécies ainda desconhecidas, especialmente em áreas pouco exploradas. A bacia do rio Manicoré, afluente do rio Madeira, é um exemplo dessa riqueza biológica, atualmente ameaçada por desmatamento e queimadas. Em resposta às pressões ambientais, comunidades locais solicitaram a criação de uma Unidade de Conservação, com apoio do Greenpeace Brasil. Para subsidiar essa demanda, o Greenpeace, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), organizou a expedição “A Amazônia que Precisamos”, com o objetivo de realizar um levantamento biológico da bacia. Peixes foram coletados em igarapés distribuídos entre as margens direita e esquerda do rio Manicoré, utilizando peneiras e malhadeiras. Fragmentos de músculo foram preservados em álcool etílico absoluto para posterior análise genética. No Laboratório de Evolução e Genética Animal (LEGAL-UFAM), o DNA foi extraído pelo método CTAB 2% e foram amplificados os genes mitocondriais COI e 12S com primers específicos, visando à identificação molecular e à análise de diversidade. No Capítulo 1, a aplicação de múltiplos métodos de delimitação de espécies (GMYC, bGMYC, mPTP, locMin, ABGD, ASAP e morfológica) revelou discrepâncias entre os delimitadores, refletindo diferentes aspectos do processo evolutivo. No entanto, a congruência entre dois ou mais métodos indicou a existência de linhagens evolutivamente significativas, algumas com sinais de especiação críptica. O marcador COI demonstrou sensibilidade para detectar variações populacionais finas, inclusive entre margens opostas. No Capítulo 2, foi avaliada a estrutura ecológica das comunidades de peixes entre as margens. A abundância de indivíduos foi significativamente maior nos igarapés da margem direita, enquanto a riqueza de espécies não apresentou diferença estatística. Índices de diversidade também foram mais elevados e consistentes nessa margem, sugerindo maior estabilidade ecológica. A margem esquerda mostrou maior variabilidade nos padrões de diversidade, indicando possível influência de fatores ambientais heterogêneos ou impactos antrópicos diferenciados. Os resultados ressaltam a importância da bacia do rio Manicoré como área-chave para a conservação da ictiofauna amazônica, destacando a necessidade de estratégias integradas de pesquisa, manejo e proteção.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Zoologia}, note = {Instituto de Ciências Biológicas} }