@MASTERSTHESIS{ 2014:545080978, title = {A variedade padrão e a oralidade na eja: uma abordagem sociolinguística e discursiva}, year = {2014}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2385", abstract = "O ensino de Língua Portuguesa nas escolas brasileiras é regido por documentos oficiais cuja orientação resume princípios sociolinguísticos que preconizam o trabalho com a língua em uso e suas variações. O ensino da variedade padrão da língua muitas vezes conflita com a variedade popular trazida de casa pelos falantes das classes menos favorecidas. Este fato é agravado quando o aluno pertence à Educação de Jovens e Adultos (EJA), pois estes já possuem autonomia e oralidade formada. Nossa pesquisa investiga se os alunos da EJA são desafiados a trabalhar a fala estilisticamente e adequá-la a situações específicas de uso e qual o grau de conscientização e valoração que esses alunos dão ao aprendizado da oralidade monitorada na escola. De maneira mais específica, é importante saber qual monitoramento é mais difícil para eles, se o da oralidade ou o do letramento. De acordo com os pressupostos da Sociolinguística Educacional, é papel da escola ensinar os estilos monitorados da língua através da interação verbal em sala de aula, observando os continua de urbanização, de oralidade-letramento e de monitoração estilística (BORTONI-RICARDO, 2009). Portanto, o melhor lugar para investigar essa questão era numa escola com professor, alunos e coordenação pedagógica envolvidos. A metodologia usada nessa pesquisa foi de cunho qualitativo com descrição e levantamento quantitativo do perfil sociolinguístico de informantes do segundo segmento da EJA, do 6º ao 9º ano. Partindo da caracterização dos sujeitos da EJA e do objeto de estudo, a variedade padrão associada à oralidade monitorada, os instrumentos de pesquisa utilizados foram a pesquisa bibliográfica, questionários, entrevistas gravadas e documentos oficiais seguidos de análise interpretativa e discursiva dos mesmos. Os resultados levaram a constatações tais como: 1) os alunos são expostos predominantemente a atividades de letramento com orientação normativa e prescritivista, nas quais a oralidade não é monitorada; 2) os alunos anseiam por expressarem-se melhor, mas não gostam de atividades orais; 3) a fala e a escrita monitoradas receberam avaliações equiparadas em grau de dificuldade. Concluímos que já circulam no meio escolar investigado alguns princípios da Sociolinguística Educacional, entretanto ainda existem algumas necessidades: aumento da conscientização dos alunos sobre a diversidade linguística, maior formação sociolinguística especializada para os docentes e desenvolvimento de um currículo bidialetal com material didático adequado.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Letras}, note = {Instituto de Ciências Humanas e Letras} }