@PHDTHESIS{ 2015:1783710854, title = {Caracterização de substâncias fenólicas de resíduos de frutos amazônicos e avaliação para o uso biotecnológico}, year = {2015}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4807", abstract = "A utilização de produtos naturais vem aumentando consideravelmente nos últimos anos devido às atividades biológicas relacionadas á sua composição química. Porém, um entrave para as pesquisas é a quantidade de matéria prima disponível para a produção em larga escala. Paralelo a isso, o consumo de frutas amazônicas vem conquistando espaço nos mercados nacional e internacional e os resíduos das indústrias de polpa estão crescendo proporcionalmente. Verifica-se que pouco é conhecido sobre a composição química desses subprodutos gerados e das atividades biológicas de seus extratos possam ter, sendo estes geralmente descartados em grandes quantidades, resultando em problemas ambientais e econômicos. No presente estudo analisou-se a composição dos extratos fenólicos de 19 frutos amazônicos, avaliando-se as atividades antioxidantes, bem como inibição enzimática, e antimicrobiana visando o uso biotecnológico. Os extratos mais promissores foram analisados de forma mais detalhada por meio da detecção e identificação das substâncias em técnicas cromatográficas e espectrométricas. As amostras foram gentilmente cedidas em diferentes cidades da região norte (Belém e Coari) e extraídas em etanol e etanol:água. As atividades antioxidante, citotóxica, enzimática, antimicrobiana e fotoprotetora foram analisadas por diferentes técnicas químicas e em células. Os extratos analisados neste estudo, obtidos como subprodutos da extração das polpas demonstram-se fontes de substâncias fenólicas e flavonoídicas, além de possuírem significativas atividades biológicas com baixa citotoxicidade, destacando-se os resíduos de açaí, bacuri e piquiá. Os extratos de piquiá apresentaram alta capacidade antioxidante, superior ao padrão quercetina, tanto nos testes in vitro, com CS50 de 7,81±0,34 μm.mL-1 para DPPH, e 3,93±0,12 μm.mL-1 para ABTS, quanto em célula (70,69 ± 2,77%, 79,89 ± 6,50% e 79,48 ± 8,6% paras cascas, polpas e sementes, respectivamente), bem como potencial para atividade antiinflamatoria. Os extratos de diferentes açaís (Euterpe precatoria e Euterpe oleracea) e os extratos de bacuri (exocarpo e mesocarpo de Platonia insignis) foram otimizados quanto à metodologia e o melhor solvente de extração. Os extratos obtidos por maceração a frio e a quente com etanol apresentaram o melhor poder extrator das substâncias fenólicas, comparados com os extraídos em ultrasson. De forma geral, as metodologias testadas apresentaram diferentes proporções das substâncias, porém o mesmo perfil. A caracterização dos extratos foi realizada por espectrometria de massas, utilizando técnicas bidimensionais, com ionização DESI e CLAE. O extrato das sementes de E. oleracea e E. precatória apresentaram perfis diferentes do que é comumente relatado para a polpa, destacando a presença de procianidinas, flavonoides e fenólicos como crisoeirol, ácido cafeico e ácido cumárico. Foram detectados mais de 50 íons em cada um dos extratos. No extrato do mesocarpo de P. insignis foram 71, onde detectou-se a presença de íons de flavonoides, procianidinas e isoflavonoides. Nos extratos de cascas de Caryocar villosum foram detectados e quantificados a presença de ácido elágico (1873,63 ± 63,12 μg.g-1) e ácido gálico (1712,62± 56,79 μg.g-1) como os constituintes majoritários. Este estudo abre a perspectiva de agregar valor ao que é considerado descarte, devido à composição química e às atividades biológicas encontradas, diminuindo assim a contaminação ambiental por resíduos e contribuindo para a utilização sustentável de matérias primas amazônicas.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Química}, note = {Instituto de Ciências Exatas} }