@MASTERSTHESIS{ 2015:631814350, title = {Surdez, linguagem e educação: quem ouve o sujeito surdo?}, year = {2015}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4821", abstract = "O objetivo deste trabalho é investigar como está ocorrendo o processo de aquisição da Língua Portuguesa na modalidade escrita como segunda língua para alunos surdos inseridos na escola regular. A pesquisa enquadra-se na qualidade de pesquisa de campo, em que foram aplicados questionários com o objetivo de caracterizar o perfil dos sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. A metodologia de pesquisa é a abordagem microetnográfica que privilegia “o como acontece”, diferentemente da etnografia em geral, que estuda “o que acontece”. A coleta dos dados consistiu em: a) questionário destinado aos alunos surdos para caracterização de seu perfil e suas impressões sobre o ensino da língua portuguesa na modalidade escrita; b) questionário destinado às professoras para caracterização do perfil dessas profissionais e sua dificuldades no ensino; c) observações das aulas uma vez por semana em cada escola; e d) registro em diário de campo. A amostra é composta por alunos surdos que estão cursando as três séries do ensino médio e por suas professoras de língua portuguesa em duas escolas da rede estadual, na cidade de Santarém, no Estado do Pará. A análise do corpus da pesquisa está pautada na investigação de quais fatores podem promover o aprendizado dos alunos surdos e que entraves podem ocorrer nesse processo de aquisição de segunda língua. Investiga-se, assim, o conhecimento das professoras sobre metodologias para ensinar o sujeito surdo, o conhecimento sobre a Língua Brasileira de Sinais, os recursos utilizados em suas aulas, as impressões dos alunos sobre o ensino da língua portuguesa ofertado a eles e como acontece a interação entre alunos surdos e suas respectivas professoras na sala de aula. Utiliza-se como aporte teórico a Concepção Interacionista em duas linhas teóricas principais que fundamentam essa abordagem: a Hipótese da Interação e a Teoria Sociocultural, esta última baseada na proposta de Vygotsky para a aquisição da linguagem, para a aquisição de segunda língua e para o ensino-aprendizagem. Os dados coletados com este trabalho permitiram evidenciar que o sujeito surdo não está na realidade incluído na escola regular, pois está excluído do processo de ensino-aprendizagem. Para que o aluno surdo seja sujeito ativo em sua formação, é necessário que haja mudanças na formação e na visão do educador quanto à inserção do aluno surdo. São negados a este aluno a formação, a interação e as condições necessárias para seu pleno desenvolvimento.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Letras}, note = {Instituto de Ciências Humanas e Letras} }