@PHDTHESIS{ 2017:63026945, title = {Estudos pré-clínicos com nanopartículas de antimônio pentavalente no tratamento da Leishmaniose cutânea}, year = {2017}, url = "http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5893", abstract = "A leishmaniose tegumentar é uma doença negligenciada, sendo endêmica em áreas tropicais e subtropicais do mundo. O Brasil é um dos países mais acometidos pela doença. O tratamento com antimoniais pentavalente é utilizado há mais de 70 anos como medicamento de primeira escolha no país e tem se mostrado ineficaz contra algumas espécies de Leishmania. Além de tóxico, este se apresenta na forma injetável, oferece um amplo espectro de efeitos adversos e representa ainda alto custo de aquisição para o país. Consequentemente, existe uma necessidade imediata de pesquisas para novos compostos antileishmania, a fim de combater a resistência aos medicamentos utilizados, e que demonstre eficácia e segurança, visando de facilitar o tratamento da doença. Nanopartículas (NPs) prometem uma abordagem alternativa para novas drogas no tratamento de doenças infecciosas, pois sua pequena dimensão e grande área de superfície proporcionam uma oportunidade para que elas interajam com componentes vitais de agentes infecciosos, apresentando-se mais eficazes que as terapias tradicionais. Neste estudo NPs de antimônio pentavalente (NPs Sb+5) em fase aquosa foram produzidas e caracterizadas, com o objetivo de avaliar seu efeito in vitro e in vivo no tratamento da leishmaniose cutânea. A concentração do Sb+5 foi determinada por espectrometria de absorção atômica em forno de grafite; as NPs foram caracterizadas por espalhamento dinâmico de luz (Dinamic Light Scattering – DLS) e microscopia eletrônica de transmissão (MET) e submetidas a bioensaios in vitro contra formas promastigotas e amastigotas de Leishmania amazonensis, pelo método da contagem direta em câmara de Neubauer e quanto à atividade citotóxica em macrófagos de linhagem J774. No ensaio in vivo, os hamsters (Mesocricetus auratus) experimentalmente inoculados com L. amazonensis foram agrupados para receber tratamento intralesional (focinho), com posterior eutanasia para retirada de fragmentos de tecidos para análise por impressão por aposição, cultivo de biópsia de lesões, histopatologia e MET. Os resultados obtidos neste estudo mostraram NPs com tamanho médio de 42 nanomêtros e potencial zeta em torno de -49,8 mV, formato esférico, superfície lisa e dispersas nas suspensões. Os bioensaios indicaram que essas NPs apresentaram citotoxicidade nas concentrações mais altas testadas. A suspensão mais promissora foi a ETSbL2 que apresentou maior atividade antileishmania, com CE50 de 1.05 mg/mL em 72h. Não foi notada a permanência de infecção nos macrófagos experimentalmente infectados quando tratados com NPs Sb5+. Após 26 dias de tratamento experimental, os animais apresentaram diferenças estatísticas significantes entre o grupo controle e os grupos tratados com NPs, quanto à área e aspecto clínico da lesão, e quanto ao controle parasitário. Os achados histológicos das lesões dos grupos tratados com essas NPs Sb+5mostraram infiltrado inflamatório intenso, comprometendo tanto a camada dermosuperficial como a dermoprofunda do tecido. Alterações histológicas também foram observadas no fígado, baço e rim. Contudo, ETSbL1[b] (18,6mg/Sb5+/kg/dia) apresentou maior eficiência quanto a cura clínica referente a redução no tamanho da lesão e na carga parasitária entre as NPs testadas. Estes resultados sugerem a continuidade deste estudo com novos testes em animais menos suscetíveis a infecção (camundongos) objetivando uma possível cura clínica e parasitológica, bem como a avaliação dos parâmetros toxicológicos e biquimicos após o tratamento.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia}, note = {Instituto de Ciências Biológicas} }