@MASTERSTHESIS{ 2010:817706862, title = {E o rio, entra na escola. Cotidiano de uma escola ribeirinha no município de Benjamin Constant/AM e a formação de seus professores}, year = {2010}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6488", abstract = "A presente dissertação trata do cotidiano de uma escola rural/ribeirinha na Amazônia analisando se – e de que forma – a vida, a cultura e o rio entram na escola, identificando como estas temáticas são consideradas e trabalhadas (ou não) no contexto escolar, além de verificar se essa realidade diferenciada é considerada nos processos de formação dos professores. A pesquisa intitulada “E o rio, entra na escola? Cotidiano de uma escola ribeirinha no município de Benjamin Constant/AM e os desafios da formação de seus professores” foi realizada na escola Boa Vista, pertencente à área rural do município de Benjamin Constant/AM e contou com a participação de cinco sujeitos ligados direta e indiretamente ao dia-a-dia da escola. Algumas questões nortearam todo o processo de construção deste trabalho: Que concepções marcaram historicamente no Brasil a educação para contextos rurais? O que caracteriza a nova política da educação do campo? Esta nova política contempla as especificidades de uma educação escolar rural/ribeirinha? Existem relações entre as temáticas do rio, da vida e da cultura ribeirinha com o cotidiano da escola investigada? De que forma as temáticas do rio, da vida e da cultura ribeirinha aparecem e são trabalhadas no cotidiano da escola investigada? Existe uma proposta de educação escolar rural/ribeirinha? O processo de formação vivenciado pelos professores integra as temáticas do rio, da vida e da cultura ribeirinha? Metodologicamente, a pesquisa assumiu características de uma investigação etnográfica, com observações participantes, entrevistas semi-estruturadas e análise documental. Nas idas e vindas ao campo da pesquisa – e pela participação ativa em atividades que a escola promoveu ao longo do período do trabalho de campo – pode-se constatar uma série de desafios para o trabalho pedagógico com as temáticas que integram a vida, cultura dos/as educandos/as ribeirinhos, uma vez que, por um lado, este espaço foi marcado historicamente como inferior, atrasado e recebeu, na maioria das vezes, por parte do Estado, atendimento na perspectiva das políticas compensatórias. Consequentemente, os significados, valores, interesses, as problemáticas ribeirinhas, de certa forma não são bem vindas no contexto escolar. Por outro lado, pode-se perceber fortes potenciais desses conteúdos e de sua integração no cotidiano da escola, principalmente com as orientações do Programa Escola Ativa, onde os professores – sujeitos da pesquisa – estão inseridos. Neste sentido, o trabalho ensaia uma reflexão e uma proposta como possibilidade de construção de um projeto de escola ribeirinha. Tal proposta fundamenta-se na discussão da incorporação das temáticas do mundo ribeirinho no contexto escolar pautada na perspectiva multi/intercultural e na valorização (e problematização) das diferenças como caminho nesta construção. Esta proposta também se assenta na necessidade da inserção da interdisciplinaridade e da contextualização principalmente na turma multisseriada da escola Boa Vista. A dissertação está estruturada em quatro capítulos, além da Introdução e das Considerações finais: 1) Nos caminhos da pesquisa: o desafio de pesquisar em contextos rurais/ribeirinhos; 2) Educação do campo: uma nova política para contextos rurais; 3) E o rio, entra na escola? Conhecendo o cotidiano da Escola Boa Vista; 4) Escola rural/ribeirinha, diferenças e multi/interculturalidade: uma construção possível?", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Educação}, note = {Faculdade de Educação} }