@MASTERSTHESIS{ 2018:1492668438, title = {Variação morfossintática na Zona Leste de Manaus: um estudo Geossociolinguístico}, year = {2018}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6733", abstract = "Manaus é uma cidade nortista aberta a receber migrantes de diferentes realidades socioculturais a interagir com a realidade local. Nessa interação, a língua não consegue passar incólume, por consequência, em diversas zonas dessa metrópole cosmopolita registram-se variantes linguísticas resultantes da inter-relação entre os falantes. A partir de tais premissas, e considerando os pressupostos teórico-metodológicos da Geolinguística Pluridimensional e da Sociolinguística, o presente estudo acerca da variação morfossintática na Zona Leste de Manaus objetivou mapear as tendências de variação morfossintática da fala na área urbana de Manaus ao: a) descrever os usos morfossintáticos do português falado em Manaus nas dimensões: diatópica, diatópica-cinética, diageracional, diassexual e diafásica; b) identificar quais fatores linguísticos e extralinguísticos dos condicionadores morfossintáticos no falar realizado em Manaus; c) registrar em forma de Cartas Linguísticas, as variantes geolinguísticas morfossintáticas da língua portuguesa falada na área urbana de Manaus quanto às seguintes variáveis dependentes: gênero, pluralização, flexão verbal, sintaxe de concordância, grau dos adjetivos e uso de pronomes; d) estabelecer a norma de uso para a variante morfossintática de cada variável por bairro e por zona. Esta pesquisa de cunho quali-quantitativo enquadra-se em um estudo geossociolinguístico, pela caracterização e descrição de macrotendências no espaço mono, bi, tri e pluridimensional no falar manauara, com dados colhidos in loco por meio de Questionário Morfossintático (QMS) aplicados em pontos de sondagem em dois bairros de Manaus. Assim, o estudo a descreve os usos morfossintáticos da língua falada em Manaus, trabalhando tanto no eixo horizontal (diatópico: bairros da zona leste de Manaus; diatópico-cinético: morador antigo e novo) quanto no vertical com duas faixas etárias – 18 a 33 anos e 50 a 65 anos –, sexo e situação de uso da Língua Portuguesa (diageracional, diassexual e diafásica respectivamente), e sinaliza, com a análise da ocorrência de variáveis nos pontos pesquisados, a norma prestigiada na Zona Leste de Manaus. Como arcabouço teórico, está fundamentado em estudos linguísticos, geolinguísticos e sociolinguísticos (CRUZ, 2004; AZEVEDO, 2013; MARGOTTI, 2004; CHAMBERS e TRUDGILL, 1994; CARDOSO, 2010; SAUSSURE (1916 [1995]); CALVET, (2002); WEINREICH, LABOV e HERZOG, 2006; SAUTCHUK, 2010, entre outros) para as reflexões sobre eixos norteadores da pesquisa: Dialetologia e Sociolinguística; Morfossintaxe e Variação; Língua e Cultura. Como resultado apresenta-se a norma de uso da Zona Leste de Manaus no que tange: i) à flexão verbal: o uso do subjuntivo ao ser substituído por formas do indicativo; a flexão de formas irregulares segue o paradigma das formas regulares ou é substituída por formas alternativas; ii) à flexão nominal: de número pode ser influenciada por fatores fonológicos; a flexão de gênero dos nomes é influenciada pelo determinante do nome ou por fatores extralinguísticos, como o sexo do ser; e, iii) à concordância nominal ou verbal: tendem à pluralização de um único constituinte, sendo ora o determinante ora o núcleo. Os resultados deste estudo poderão servir para compreender a fala presente entre os manauaras, bem como utilizar, conforme o meio social em que esteja inserido ou a intenção comunicativa, a variante mais adequada, evitando, com isso, casos de preconceito linguístico.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }