@PHDTHESIS{ 2018:2030369145, title = {A família como espaço contraditório entre o cuidado e a violência contra a pessoa idosa atendida nas instituições públicas de "combate" à violência em Manaus/AM}, year = {2018}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6952", abstract = "Conforme aponta a literatura (FALEIROS, 2007a; MINAYO, 2004, SARTI, 2015), a família diante das contradições vivenciadas, reduzida em seu tamanho, aumento do desemprego, maior longevidade e perda de direitos fundamentais, enfrenta o desafio de como garantir a atenção necessária aos seus membros vulneráveis, sejam pessoas idosas e crianças, sem gerar conflitos e sentimentos negativos por parte da pessoa idosa ao ser cuidada e também do membro da família no exercício do cuidado, contraditoriamente. Trata-se de estudo de caso, de natureza qualitativa, cujo objetivo geral foi desvelar a família como espaço contraditório entre o cuidado e a violência contra a pessoa idosa e as dificuldades e desafios enfrentados por esta no ato de cuidar. Diante disso, desvelamos a experiência de ser cuidado e do cuidar a partir das falas dos sujeitos envolvidos, pessoa idosa e a referência familiar. O locus da pesquisa foram duas instituições de referência na atenção à violência contra a pessoa idosa, localizadas na Zona Centro-Sul da cidade de Manaus: O Programa de Atendimento Domiciliar - PADI da Fundação Dr. Thomas e o Centro Integrado de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa - CIPDI, antes vinculada à Secretaria de Estado de Assistência Social - SEAS, e no final do estudo passou para Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania - SEJUSC onde foi realizado o levantamento das denúncias de negligência e abandono, a partir dos dados cadastrais das pessoas idosas que foram atendidas no período de janeiro a dezembro de 2016. A partir dos dados secundários, foi elaborado um banco de dados, de onde foram selecionadas 15 pessoas idosas, juntamente com 15 referências familiares que compôs a amostra e realizadas as entrevistas, conforme critérios definidos na metodologia e na Comissão de Ética. A equipe técnica de ambas as instituições participaram do presente estudo, segundo os pré-requisitos estabelecidos. Resultados: Nas imbricadas dinâmicas familiares, as pessoas idosas estão envelhecendo no seu tempo de envelhecer. Se no passado esse tempo era curto, contemporaneamente, vive-se a velhice dos 60 anos, 70, 80, 90 ou mais. Neste estudo, as pessoas idosas estão na faixa de 62 anos a 93 anos e as referências familiares entre 30 a 69 anos, deste maior incidência nas faixas de 50 a 69 anos. Na faixa de etária de 80 ou mais, encontravam-se nove pessoas idosas, o que comprova que a necessidade de cuidados aumenta proporcional a idade. Além disso, identificamos que o predomínio é de mulheres e com relação ao grau de parentesco a grande maioria das referências familiares eram filhas, seguido pelos filhos e uma sobrinha. Quanto a pessoa idosa, a maioria são mulheres, que foram vítimas de negligência e abandono, o que corresponde ao sinalizado na literatura sobre a feminização da violência que, no interior das casas, a vítima preferencial é a mulher, enquanto nas ruas as vítimas preferenciais são os homens. De modo que a família como espaço contraditório entre o cuidado e a violência à pessoa idosa, só tem visibilidade com estudos como este, mergulha na realidade do Estado que abriu espaço de denúncia tanto PADI quanto CIPDI, e com a intervenção dos profissionais pode-se apontar que esse espaço contraditório começa a ter visibilidade. Mas ainda não é trabalhado na sua dinâmica contraditória do cuidado e violência. Ao nível municipal e de estado à promoção e proteção com a questão da pessoa idosa perdeu-se no tempo, uma vez que se trabalha as sequelas da desproteção e violação dos seus direitos humanos, e não seus direitos de cidadão.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia}, note = {Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais} }