@MASTERSTHESIS{ 2019:9587089, title = {A loucura quixotesca de Tiradentes e Padre Rolim no Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles}, year = {2019}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7406", abstract = "A dissertação A Loucura Quixotesca de Tiradentes e Padre Rolim no Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles confirma a atualidade da temática da loucura e sua representação social no Romanceiro da Inconfidência, no que diz respeito às figuras transgressoras de Tiradentes e de Padre Rolim; e ressalta a relevância do Romanceiro da Inconfidência, de 1953, escrita poética de uma autora consagrada pela crítica, que soube com maestria recontar a Inconfidência Mineira sob o olhar humanizado da Literatura. A proposta foi de contribuir para os estudos literários, com o exame residual, histórico e literário da loucura presente no Romanceiro da Inconfidência (1953; 2013), de Cecília Meireles, e, comparativo, no se refere à loucura dos personagens Tiradentes e Padre Rolim. Com este objetivo, o texto encontra-se assim organizado: na primeira seção, nos detemos no estudo da escritora Cecília Meireles, dedicado primeiramente à sua vida, obra, estilo e lugar de fala, e depois, tratamos do modo poético denominado Romanceiro, o qual Cecília escolheu para narrar em versos a história da Inconfidência Mineira, com trato literário. Também ainda nos voltamos para o estudo preliminar do Romanceiro da Inconfidência; a segunda seção, formada por duas subseções, evidencia a discussão teórica da temática escolhida: a loucura presente no corpus, por meio dos pressupostos de Aristóteles, Erasmo de Rotterdam, Michel Foucault, Luzia de Maria, e Daniela Arbex, bem como enfoca a Loucura Quixotesca, advinda do personagem Dom Quixote de La Mancha, de O Engenhoso Fidalgo D. Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes (2016), e depois, tem-se a análise literária dos personagens Tiradentes e Padre Rolim, assim como da relação sagrado e profano. Na terceira seção, tem-se cinco subseções, nas quais apresentamos estudo sobre as teorias e métodos que pautaram a pesquisa. Desse modo, a dissertação constituiu-se de trabalho transdisciplinar que percorreu a Literatura Comparada, a Intertextualidade, a Residualidade Literária e Cultural, e a Literatura e História, para análise crítica da poesia de Cecília Meireles se destaca como denúncia e resistência: denúncia, contra a dominação e a violência portuguesas na Inconfidência; resistência, por parte da aristocracia mineira que se uniu, conforme entende a perspectiva ceciliana, em prol de um ideal: a Independência política do Brasil. A pesquisa confirma a representação da loucura quixotesca por Tiradentes e Padre Rolim. Ambos são cavaleiros andantes, ousados, resistentes que lutaram pelas ideias iluministas fortalecidas na cúpula da liberdade, transgrediram as normas estabelecidas pelo sistema opressor vigente, enfrentaram o governo, demonstraram generosidade e carisma entre os mineiros e, no caso de Tiradentes, também entre os cariocas; ousaram sonhar com novos rumos para a nação, semearam esperança, bondade e colheram repressão, violência, condenação, prisão e no caso do Alferes, morte. Na empreitada comum, o louco Tiradentes e o louco Rolim demonstraram mais consciência que a sociedade colonial da razão. Humilhados no passado, exaltados no presente, os heróis loucos quixotescos são alvos do transbordamento da poeta Cecília Meireles em seu Romanceiro, bem como mais amplamente representam os loucos sábios de todos os tempos, que combateram todo e qualquer tipo de injustiça social e ensinaram, como expresso no “Romance XXIV ou Da bandeira da Inconfidência”, que vale a pena lutar pela liberdade, mesmo se o preço seja alto, ainda que este seja a própria vida.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }