@MASTERSTHESIS{ 2019:1322746381, title = {Efeito do manejo florestal sustentável sobre a deposição de serapilheira em uma floresta de terra firme na Amazônia brasileira}, year = {2019}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7497", abstract = "As florestas tropicais vêm sendo drasticamente alteradas pela ação antrópica, tendo o desmatamento, os incêndios florestais e a exploração de madeireira como as principais ameaças a este ecossistema. Visando reduzir os impactos causados pela exploração florestal, o manejo florestal sustentável surge como um modelo de exploração racional, reduzindo os impactos sobre o ambiente, contribuindo para a conservação dos recursos naturais e promovendo o uso sustentável dos recursos madeireiros. No entanto, o manejo florestal sustentável ainda provoca alterações na estrutura da floresta e em importantes processos ecossistêmicos, como a ciclagem de nutrientes. Considerando a importância da ciclagem de nutrientes na manutenção da fertilidade do solo em florestas tropicais por meio da deposição e decomposição da serapilheira, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do manejo florestal sustentável sobre a deposição de serapilheira em uma floresta de terra firme na Amazônia brasileira. Para isso foi avaliada a produção de serapilheira em 11 áreas com diferentes anos de exploração e em uma área controle, não explorada. Para a coleta da serapilheira produzida pela floresta foram instalados 240 coletores durante a estação seca e 240 coletores durante a estação chuvosa, sendo 20 coletores por área amostrada. O material depositado nos coletores foi retirado mensalmente durante quatro meses de amostragem em cada estação, sendo a deposição de serapilheira estimada a partir do peso seco do material coletado. Para avaliar a diferença entre as áreas quanto a quantidade de serapilheira estocada foi coletada a serapilheira acumulada sobre o solo. Foi avaliada, também, a relação entre deposição de serapilheira e cobertura do dossel, intensidade de corte e precipitação mensal. A taxa de deposição média de serapilheira encontrada foi de 6,060 Mg.ha-1, com a fração folhas apresentando a maior contribuição na deposição (>80%). Para as duas estações amostradas as áreas submetidas a exploração florestal não houve diferença significativa na deposição de serapilheira entre as áreas exploradas e a área não explorada. Por outro lado, houve diferença na deposição entre estação seca (maior deposição) e estação chuvosa (menor deposição), com forte correlação negativa entre deposição e precipitação. O estoque médio de serapilheira para as áreas de estudo foi de 18,908 Mg.ha-1, sem diferença significativa no estoque entre áreas exploradas e não explorada. Não houve correlação entre deposição de serapilheira e cobertura do dossel, intensidade de corte e estoque de serapilheira. A ausência de diferença na deposição e no estoque de serapilheira entre as áreas exploradas e a área não explorada sugere que a exploração florestal em intensidades que variam de 12 a 16,8 m³/ha não reduz de maneira significativa a produtividade da floresta. A manutenção da produtividade da floresta após a exploração pode ser explicada pelo rápido crescimento de espécies pioneiras e de indivíduos arbóreos remanescentes, estimulado pela maior entrada de luz após a exploração. Desta forma, o manejo florestal sustentável, com baixa intensidade de exploração e usando técnicas de redução de impactos sobre o ambiente, não provoca efeitos mensuráveis sobre a deposição de serapilheira e contribui para a compatibilização do uso dos recursos florestais madeireiros com a manutenção dos processos ecossistêmicos no ambiente florestal.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia para Recursos Amazônicos}, note = {Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia - Itacoatiara} }