@PHDTHESIS{ 2019:969585332, title = {Cidades amazônicas na fronteira: dinâmica urbana, comércio e migração peruana no Alto Solimões - AM}, year = {2019}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7685", abstract = "As cidades amazônicas que aqui abordamos, apesar de distribuídas de modo irregular às margens do rio Solimões, apresentam formas e sequências que se repetem. Todavia, não se pode analisar cada cidade em particular sem levar em conta os aspectos complexos que a formam, pois estes aspectos variam continuamente no espaço e no tempo, decorrendo nesse sentido, que cada cidade é diferente da outra, e apresentam especificidades, mas da mesma maneira também é verdade que cada uma é semelhante a outra, mesmo que não imediatamente contígua ou sucessiva. Nesse sentido, estudar a partir da ótica do cotidiano as cidades localizadas nessa faixa de fronteira nos permite identificar formas de adaptação, trocas e concessões salutáveis para a vida em sociedade. A fronteira é vista assim como o locus de conectividade de múltiplos espaços geográficos que se materializam nas cidades, o mundo e suas contradições se materializam nos espaços de fronteira, são nessas cidades que podemos encontrar o pior e o melhor da sociedade humana. A base espacial da tese é a região imediata de Tabatinga que é composta pelas cidades: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá, e Tonantins. A tese se pauta na identificação, tipificação e análise do comércio realizado pelos imigrantes peruanos nas cidades a oeste do Amazonas, que compõem a faixa da fronteira Brasil e Peru. Dessa forma buscou-se transcender visões estereotipadas sobre cidades amazônicas localizadas em faixa de fronteira, cidades vistas como o locus da criminalidade e do tráfico de drogas, cidades divulgadas como áreas em disputas por facções criminosas e responsabilizadas por engodos que explodem e revelam a podridão do câncer que assola o país, a corrupção. Nesse contexto, o limite territorial separa nações, sociedades, grupos, indivíduos, é a negação do outro e afirmação da auto identidade, porém, seja pela necessidade de comércio ou alteridade entre seres humanos, os espaços de proximidade, as fronteiras, são lugares de reencontro com a capacidade de refletir filosoficamente sobre a condição de ser humano. Enfim, na fronteira específica do Alto Solimões, o comércio desenvolvido pelos imigrantes peruanos é indispensável e vital para a dinâmica econômica e urbana das cidades. Seja em maior ou menor coeficiente numérico, fixo ou itinerante, o comércio peruano está presente em todas as cidades dessa Amazônia profunda. Os contatos oriundos desse comércio fronteiriço se imbricam no dinamismo multidimensional e multicultural que se metamorfoseiam no idioma, na religião, na música, na culinária, na vida cotidiana das cidades amazônicas na e da fronteira.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia}, note = {Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais} }