@MASTERSTHESIS{ 2020:1556012718, title = {Povo Parintintin e seus saberes sobre o céu: as perspectivas dos conhecedores tradicionais e dos educadores}, year = {2020}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7859", abstract = "Trata-se de uma dissertação de mestrado produzida no âmbito do Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Humanidades (PPGECH) entre 2018 e 2020, que buscou investigar o povo Parintintin e seus saberes sobre o céu. O elo céu-terra vai muito além da atividade acadêmica. A própria concepção de universo é relativa. Povos tradicionais, por exemplo, mantêm relações próprias com a natureza e consequentemente possuem modos próprios de interpretar e explicar o mundo. A astronomia cultural é uma área de estudo relativamente recente que tenta compreender relações céu-terra por meio de um olhar antropológico em diversas culturas. Neste contexto, a partir de uma pesquisa de campo, este trabalho teve como objetivo compreender o espaço ocupado pelos saberes sobre os céus no cotidiano do povo Parintintin e na escola estadual inserida na aldeia Traíra. Para fundamentação teórica, realizamos reflexões sobre culturas, currículo e astronomia cultural. Além disso, mapeamos a astronomia cultural em pesquisas em educação, por meio de uma revisão de literatura em meios de divulgação de educação em astronomia. Dentre 793 publicações investigadas, 14 abordam de algum modo os céus de grupos indígenas e, dentre essas, somente 4 têm os céus indígenas como tema central. Além disso, nenhum deles investiga especificamente currículos escolares indígenas. Afim de uma maior aproximação com o currículo da Escola Estadual Indígena Kwatijariga, também realizamos uma pesquisa documental em materiais (livros didáticos, referenciais curriculares e legislação educacional) que poderiam constar conteúdos de astronomia cultural. Embora os documentos analisados não explicitem o termo astronomia cultural ou sinônimos, a análise mostra que conteúdos referentes a essa temática estão presentes nos currículos oficiais, exceto a proposta curricular de ciências do estado do Amazonas, que não apresentou o tema. A pesquisa de campo ocorreu por meio de uma aproximação com a etnografia, realizamos entrevistas com os conhecedores tradicionais e com os educadores dos componentes curriculares de geografia e ciências. Os resultados mostraram, na observação participante e nas entrevistas com os conhecedores tradicionais, que os conhecimentos sobre o céu Parintintin estão presentes em suas práticas cotidianas. Nas entrevistas os professores afirmaram não terem ainda tratado dos conhecimentos sobre o céu Parintintin na sala de aula. As falas dos professores marcaram a hierarquia entre os componentes curriculares, evidente nos documentos oficiais, como, por exemplo a BNCC, no qual a matemática e a língua portuguesa apresentaram maior status. A subversão ao currículo oficial também esteve presente na fala dos professores. Eles afirmaram não usar o livro didático e demostraram utilizar um currículo próprio.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Humanidades}, note = {Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - Humaitá} }