@PHDTHESIS{ 2020:963460135, title = {Avaliação da fração diclorometano de Libidibia ferrea (Fabales: Fabaceae) em estudos Pré-clínicos da Leishmaniose cutânea}, year = {2020}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7969", abstract = "Dentre as doenças tropicais negligenciadas, a Leishmaniose tegumentar é uma das que merecem mais atenção, por ocorrer em mais de 88 países, com cerca de 20 mil novos casos por ano no mundo. A aplicação e indicação terapêutica descrita pelo Ministério da Saúde muitas vezes pode não refletir uma realidade regional, dificuldades são observadas desde a via de administração invasiva e as inúmeras reações adversas, contribuindo assim, para a baixa adesão ao tratamento. Logo, a busca por alternativas terapêuticas é necessária, sendo que uma delas é a fonte natural das plantas medicinais, que são utilizadas desde o primórdio da humanidade com finalidade de combater diferentes enfermidades. Dentre as diversas espécies vegetais com potencial farmacológico, uma delas é a Libidibia ferrea, popularmente conhecida como jucá, com comprovadas atividades biológicas, inclusive antileishmania. Suas frações ativas podem ser incorporadas ao sistema microemulsionado para aumentar eficácia no tratamento da leishmaniose cutânea (LC). Este é considerado um ótimo veículo de transporte de diferentes classes medicamentosas, por sua estabilidade, controle na distribuição de fármacos e ser bastante permeável, inclusive possibilitando a sua administração pela via tópica. Desse modo, o objetivo desse trabalho é desenvolver microemulsões contendo a fração Diclorometano (DCM) de L. ferrea e avaliar o seu efeito em hamsters infectados com L. amazonensis, além de estudar a sua composição química e testar a atividade antileishmania in vitro e citotoxicidade das substâncias isoladas, contribuindo para um tratamento mais eficiente da LC, com efeitos indesejados reduzidos e administração indolor. A fração DCM foi obtida a partir do fracionamento do extrato metanólico de L. ferrea. Cerca de 300 mg (Concentração final da Fração DCM na microemulsão) foram incorporados à microemulsão, que foi submetida à caracterização físico-química pelo diâmetro médio das gotículas, índice de polidispersividade, potencial zeta, índice de refração e pH, antes da aplicação nos animais. Após os 30 dias de tratamento, os animais foram eutanasiados e fragmentos das lesões foram coletadas para determinar a carga parasitária e aspecto histopatológico. Outra parte da fração obtida foi submetida a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência para o isolamento e a identificação das substâncias foi feita por análises de Ressonância Magnética Nuclear. As amostras de frações e substâncias isoladas foram avaliadas para atividade antileishmania contra as formas promastigotas e amastigotas de Leishmania amazonensis e o perfil citotóxico em macrófagos de linhagem J774 e peritoneais. Os resultados obtidos indicaram que a microemulsão manteve-se estável e promissora no tratamento da LC em modelo animal, não havendo diferença estatística entre os grupos tratados com a microemulsão e o medicamento padrão (Glucantime®). Da fração Diclorometano foram isoladas três substâncias, sendo identificados o metil-galato e um derivado do ácido fenilpropanoico. As substâncias mostraram atividade antileishmania contra as formas promastigotas (entre 71,5 à 17,4 µg.mL-1 no período de 72h) e sem perfil citotóxico. Portanto, esses resultados permitiram identificar as substâncias majoritárias, que inclusive mostram-se ativas e ao utilizar a fração DCM de L. ferrea incorporada na microemulsão, devido a possível ação sinérgica, mostrou efetividade no tratamento tópico, indicando uma nova proposta para o protocolo terapêutico, de forma complementar à farmacoterapia padrão da LC.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Inovação Farmacêutica}, note = {Faculdade de Ciências Farmacêuticas} }