@MASTERSTHESIS{ 2018:2011156449, title = {Prostituição de mulheres em áreas de bar da Orla da Francesa - Parintins-AM (2000-2018)}, year = {2018}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6896", abstract = "A presente dissertação tem o intuito de compreender a prostituição de mulheres em área de bar na Orla da Francesa, a partir do estudo sobre as questões historicosociais, culturais e econômicas do município de Parintins, levando em consideração a história de vida das mulheres em situação de prostituição. A Orla da Francesa é um lugar de sociabilidade e memória para os moradores do bairro e principalmente para os que moram nos arredores da área, é um espaço de memória por despertar diversas lembranças de determinadas épocas do município de Parintins, em particular do período em que era um dos principais pontos de lazer e entretenimento. Dentro desse espaço convivem homens e mulheres, de modo que, cada um executa sua tarefa de acordo com suas necessidades ou conveniências, o que a torna um espaço de múltiplas vivências e experiências do fazer humano, entre esses sujeitos estão as prostitutas. Para a construção dessa dissertação, recorreu-se a pesquisa bibliográfica, arquivos de jornais, a História Oral e a pesquisa de campo. Tendo uma abordagem de cunho qualitativo e procedimento etnográfico. Os sujeitos foram 03 prostitutas que exercem essa atividade nos bares da Orla da Francesa, 02 moradores do bairro, 01 proprietários de bar 01 Assistente Social elencados de acordo com critérios previamente definidos. Para a coleta de dados utilizou-se entrevista semiestruturada, observação participante e diário de campo, com o propósito de identificar as causas/motivos que as fizeram recorrer a prostituição e que impactos essa atividade tem causado na vida dessas mulheres. O estudo revelou que são mulheres oriundas da camada mais pobre da sociedade, e por necessidade financeira foram para os bordeis e bares da cidade prostituí-se. Tem históricos de vida comuns, de abandono, abuso sexual e violência na infância no seio familiar e na fase adulta pelos maridos. Constatamos também que são mulheres fortemente etigmatizadas, instrumento de poder social da esfera simbólica que as exclui das outras esferas públicas, sendo o bar o lugar onde elas encontram o “amparo” necessário. São mulheres que alimentam a esperança de casar e constituir família, amam e buscam ser amandas, e usam sua sexulidade de acordo com suas conveniência, mostrando que a prostituição é caracterizada por uma relação de poder. Verificou-se que essas mulheres são também dependentes químicas e sofrem de alcoolismo, colocando-as em situação de maior vulnerabilidade a adquirirem problemas de saúde física ou mental. Pontua-se que a prostituição é uma atividade de risco para essas mulheres devido a falta de cuidados necessários a saúde do corpo, e por sofrerem constantes violências físicas por parte de clientes ou por outras prostitutas. Como contribuição social sugere-se que as instituições competentes, as Secretarias de Saúde e Assistência Social, por meio da Prefeitura do município, busque atentar para a situação de vulnerabilidade social que essas mulheres se encontram, buscando políticas públicas que possam oferecer a elas melhores condições de saúde e dignidade humana.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia}, note = {Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais} }