@MASTERSTHESIS{ 2020:1432232717, title = {A expansão do cultivo do Caju e seus impactos ambientais e econômicos na Guiné-Bissau}, year = {2020}, url = "https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7904", abstract = "O presente estudo analisa a relação do aumento da Produção de Castanha de Caju com Casca (PCCC), sua exportação e Desmatamento Acumulado da Floresta Nativa (DAFN) na Guiné-Bissau. A pesquisa tem como objetivo geral analisar a expansão do cultivo de caju e seus impactos ambientais e econômicos na Guiné-Bissau tendo como enfoque o desenvolvimento sustentável. É uma pesquisa aplicada, bibliográfica, explicativa e ex-post facto. Quanto aos procedimentos metodológicos, iniciou-se com a análise de correlação, regressão linear e regressão múltipla. Posteriormente, foi aplicado um questionário online para nove especialistas na área para avaliar os impactos das políticas públicas setoriais da Guiné-Bissau na PCCC e sua exportação. Por fim, utilizou-se as técnicas de geoprocessamento para identificar o acúmulo do desmatamento em Guiné-Bissau. Após análise dos dados para impactos ambientais, os resultados mostraram que, de 2002 a 2017 existe uma correlação forte e positiva entre PCCC e DAFN, onde o teste de significância individual é de 6.95E-07, com R² igual a 0,91. E quanto aos impactos econômicos, percebeu-se que, de 2000 a 2015, a Exportação de Castanha de Caju com Casca (ECCC) tem uma média de contribuição de 8,9% no PIB do país, porém indiretamente tem grande impacto econômico, por gerar direta e indiretamente emprego e renda para o consumo de grande parte da população, além de arrecadação dos impostos para os gastos do governo. Os resultados das variáveis que influenciaram a dinâmica de produção e ECCC na Guiné-Bissau. De 1999 a 2015 a produção de amendoim explica cerca de 36% da variação da PCCC e de 1999 a 2017 cerca de 65 % da ECCC é explicada pela variação percentual da produção mundial. Para especialistas, os governantes da Guiné-Bissau não têm políticas públicas para o setor de caju, as organizações não governamentais são as que investem no setor para aumento da produtividade. Percebe-se a falta da presença do Estado para investir em diferentes áreas que permitem o crescimento e desenvolvimento sustentável do setor de caju. Essa falta de controle e investimento estratégico dos órgãos Estaduais vem criando aumento da produção, através de desmatamento florestal e uma dependência significativa da ECCC na produção total do país. Os resultados das imagens obtidos através das técnicas de geoprocessamento identificaram que até 2001 o acúmulo de desmatamento era razoável, porém, a partir de 2002 a 2018, o desmatamento acumulado foi significativamente intensificado principalmente nas regiões norte e sul do país. Por fim, o estudo apresentou que para o aumento da produtividade deve haver investimentos em novas tecnologias, possibilitando a diminuição da demanda para novas áreas agrícolas. Torna-se necessário maior esforço por parte do governo para aproveitamento integral de caju e aumento substancial de produção de outras culturas para o país ser autossuficiente na produção dessas culturas, principalmente o arroz por ser de extrema importância na segurança alimentar da maioria da população.", publisher = {Universidade Federal do Amazonas}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia}, note = {Centro de Ciências do Ambiente} }